sexta-feira, 19 de setembro de 2008

5 - Wasted Words




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Olá pessoal!

Hoje falarei um pouco sobre Death By Stereo.

Conheci esta banda em meados de 2003, quando comprei o DVD Punk O Rama - The Videos - Volume 1. Para quem não conhece, Punk O Rama, é uma coletânea em CD da Epitaph Records, com suas principais bandas. Quem gosta de Punk ou Hardcore, com certeza já deve ter ouvido pelo menos um dos seus 10 Volumes. O DVD segue a mesma linha, mas desta vez, com clipes, trechos de shows e alguns extras.



E um desses clipes era do Death By Stereo, com a música Desperation Train. O que mais me atraiu neste DVD foi o fato de os clipes terem legendas em português. E como eu, nessa época, já era ligado nesse lance de letras, traduções, foi um prato cheio. Antes do Punk O Rama, nunca tinha nem ouvido falar do Death By Stereo. Mas como gostei da música e da letra que vi no DVD, comecei a procurar material deles.

Infelizmente, é bem difícil encontrar material do Death By Stereo, não só CDs, mas informações em geral sobre a banda. E desde já, peço desculpas por isso, infelizmente conheço muito pouco dela.

Para não ficar na mão, recorri as MP3 baixadas pela internet. Nessa época, eu não tinha ainda o costume de baixar álbuns completos, então peguei algumas músicas avulsas como a própria Desperation Train (que vi o clipe no DVD) e também uma chamada Flag Day, que achei espetacular!

De lá para cá, comecei a procurar mais músicas e acabei pegando 2 álbuns:

Into The Valley Of The Death (2003)


Day Of The Death (2001)


Estes dois são os que mais gosto atualmente, em especial o Into The Valley Of The Death, pois além da parte instrumental dele ser muito boa, acompanhei e traduzi algumas letras.
O que mais chamou minha atenção no Death By Stereo, é que a música deles passa bastante sinceridade. É por isso que gosto tanto dessa banda, mesmo conhecendo tão pouco.

Segue a letra traduzida desta semana:

Death By Stereo: Beyond The Blinders (Além Dos Cegos)
Tradução: FrankCastle


Você leva outro nas costas
Você leva outro nos dentes
Eu tenho um véu sobre meus olhos
Esta porra de país não me deixará ver

Eu tirarei esta faca de minhas costas
E apunhalarei isto direto no coração
De um país que foi construído
Sobre mentiras e assassinatos desde o começo

É hora de pegar um para o time
E se você se curva distante o bastante
Nós iremos fazer deste país o número um

Você leva outro nas costas
Você leva outro nos dentes
Eu tenho um véu sobre meus olhos
Esta porra de país não me deixará ver

Eu tirarei esta faca de minhas costas
E apunhalarei isto direto no coração
De um país que foi construído
Sobre mentiras e assassinatos desde o começo
E se você ler nas entrelinhas
Não ser muito difícil de ver
Que nossa verdadeira existência individual
Na verdade não é para ser nossa

Você não pode tirar isto de mim
Você não pode tirar isto do meu coração
É a vontade de viver que me leva além dos cegos

Se você olhar dentro de mim
Este é um lugar que você não pode pegar
É uma solidão independente
Uma vontade que você não pode quebrar
Você nunca quebrará
Você nunca quebrará

Eu tirarei esta faca de minhas costas
E apunhalarei isto direto no coração
De um país que foi construído
Sobre mentiras e assassinatos desde o começo
E se você ler nas entrelinhas
Não ser muito difícil de ver
Que nossa verdadeira existência individual
Na verdade não é para ser nossa

Death By Stereo x Death Proof

Desde as primeiras notícias deste filme, já tinha notado a semelhança da caveira estampada no capô do carro, com o logo do Death By Stereo, mas nunca cheguei a comentar com os meus amigos, pois a maioria nem conhece a banda.

Mas ao pesquisar a imagem deste logo no Google, vi que vários blogs nacionais e internacionais estavam comentando sobre a semelhança e/ou plágio do mesmo. Todos que conhecem os trabalhos do Quentin Tarantino, sabem que ele copia descaradamente mesmo várias coisas de filmes e séries antigas, mas o pessoal respeita ele, porque ele confessa isso, antes que qualquer um aponte o dedo, ele já diz de onde se inspirou ou copiou, já diz que está fazendo tal filme em homenagem a outro,etc...

No caso do logo, achei apenas uma coincidência mesmo, pois era parecido, mas não era igual. Porém, vi que nos primeiros cartazes do filme, o logo era exatamente o mesmo, vejam só:



Pesquisei em alguns blogs gringos e vi que o logo do Death By Stereo é o original, pois foi o próprio baixista da banda que o criou em 1998. Não sei se o Quentin Tarantino pensou que ninguém iria notar, pois o Death By Stereo não é TÃO famoso assim, mas o fato é que, pra evitar maiores problemas, o logo foi mudado de forma sutil nos cartazes mais recentes:



Já assisti Death Proof, é um bom filme. Traz Kurt Russel no papel de vilão, esta é outra característica do Tarantino, trazer a tona atores que estão no ostracismo.

Mas, voltando a falar de Death By Stereo, vamos ao clipe legendado desta semana: "Wasted Words", do álbum Into The Valley Of The Death, de 2003. Sem dúvida, uma das melhores músicas (e letra) desta banda!





Mais uma vez, obrigado por acessar!
Até a próxima!

LINKS:

Artigo na Wikipédia sobre a banda:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Death_By_Stereo


Sobre o logo da banda no filme Death Proof:
http://homeless80.com/2007/05/07/grindhouse-logo-do-filme-death-proof/
http://pictograms.blogspot.com/2007/09/logo-52-death-by-stereo.html

Site oficial da banda:
http://www.deathbystereo.com/


Sobre Punk O Rama:
http://www.epitaph.com/artists/artist/88/
http://en.wikipedia.org/wiki/Punk-O-Rama

sábado, 6 de setembro de 2008

4 - Society



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Olá pessoal,

Nesta edição, falarei sobre a banda Pennywise.

Pennywise - Uma Breve Biografia

1988 - A banda foi formada em Hermosa Beach - L.A.
O nome Pennywise, foi inspirado num personagem do livro "It" (A Coisa) de Stephen King.

1989 - Lança o EP "Wildcard / A Word From The Wise", contando com uma versão (cover) bem diferente da música "Stand By Me".
A banda assina com o selo Epitaph Records (de Brett Gurewitz, guitarrista do Bad Religion).

1990 - Já pela Epitaph,  lança seu primeiro álbum com o próprio nome da banda: "Pennywise"
Jim Lindberg (vocalista), deixa a banda logo após a gravação, para se casar e sem planos de retornar. Jason Thirsk (baixista), assume os vocais e Randy Bradbury (que era o "professor" de Jason), entra na banda como baixista.

1992 - Jim Lindberg retorna à banda, após insistência dos outros membros.

1993 - É lançado o álbm "Unknow Road".

1995 - A banda tem uma boa divulgação em outros países, recebe convites para participar de gravadoras maiores, mas recusa.
Neste mesmo ano, é lançado o álbum "About Time".

1996 - O baixista Jason Thirsk, deixa a banda para tratar de seus problemas com alcoolismo, apesar do tratamento ter sido bem sucedido no início,  Jason teve recaídas e acabou se suicidando com um tiro no peito em 29 de Julho de 1996.

1997 - A banda lança o álbum "Full Circle", contando agora com Randy como baixista e membro permanente da banda (assumindo o lugar de Jason)

1999 - É lançado o álbum "Straight Ahead"

2000 - Gravam um álbum ao vivo, chamado "Live At The Key Club".

2001 - É lançado o álbum "Land Of The Free", influenciado pelos protestos de grupos antiglobalização e eleições dos E.U.A.

2003 - É lançado o álbum "From The Ashes". Este foi marcado pelo falecimento inesperado do pai de Fletcher, que afetou o guitarrista e a rotina do grupo.

2005 - Lançam o álbum "The Fuse".

2008 - É lançado o álbum "Reason To Believe" e a banda continua na ativa...

Como conheci a banda e algumas lembranças

Pennywise é, sem dúvida, uma das principais bandas responsáveis por eu gostar de Hardcore. A conheci no final dos anos 90, na época, era algo totalmente diferente de tudo que já tinha ouvido na rádio. O som rápido e direto, os riffs, tudo isso me contagiou.

Se não me engano, a primeira música deles que ouvi foi "Bro Hymn", numa fita K7.
Hoje em dia, temos muita facilidade de conseguir não só vídeos, mas músicas em MP3, o que é bom para conhecer bandas novas. Mas naquela época, havia uma coisa que, sinceramente, tenho saudades: as fitas K7 que passavam, de mão em mão, com compilações de várias bandas. Havia muito dessa troca de informação, tinha muita coisa rara que só conseguia ouvir através destas fitas que pegava emprestado e copiava dos amigos.

No rádio, aqui em São Paulo, a única opção para ouvir músicas de Punk e Hardcore (nessa época) era um programa na Rádio Brasil 2000, chamado Skabadabadoo. Sempre tocavam Pennywise e outra bandas boas, era só começar o programa, que eu já corria para colocar minha fita K7 no som, à espera de alguma música bacana para gravar. Pois naquela época, vale lembrar, a internet não era tão popular e não tinham álbums de bandas underground para baixar, mal existiam mp3 disponíveis.

E é claro: eu não tinha acesso nenhum à internet. Sem contar que, nas lojas convencionais, não haviam CDs dessas bandas, geralmente só se encontrava esse material na Galeria do Rock (uma espécie de "Shopping do Rock" aqui em SP), mas mesmo assim, só se encontravam CDs importados que, por sinal, eram caríssimos.

Depois de juntar uma grana, consegui comprar meu 1º CD do Pennywise, o "Straight Ahead" de 1999. Ouvi demais (e ainda ouço)  este CD! Sei que posso parecer muito saudosista, mas naquela época, era mais legal apreciar um som de um CD, pois eu chegava em casa, tirava a proteção plástica, via o encarte com as ilustrações, fotos, agradecimentos. Colocava o CD no aparelho de Som e ficava deitado no sofã, ouvindo as músicas, uma a uma, acompanhando suas letras.
Lembre-se, naquela época, era preciso ter o encarte do CD original para ver as letras, não era como hoje, onde basta entrar no site de letras e procurar o nome da banda.

Hoje em dia, apesar dos benefícios da internet, acho que no geral, damos menos valor as bandas e seu CDs, pois como temos acesso a muita informação, acabamos dedicando menos tempo para apreciar os CDs que compramos, isso quando compramos! Antes, eu levava mais de 1 mês para comprar 1 CD original, hoje, em algumas horas, posso baixar a discografia inteira da banda. Resumindo, a velocidade que recebemos a informação é muito maior do que a velocidade que temos em consumí-la. Eu ainda compro CDs originais, tenho muitos, mas quando vejo que o preço é abusivo, não compro.

Voltando a falar de Pennwise, depois de comprar "Straight Ahead", comprei: Land Of The Free, Full Circle, About Time e Pennywise, gostei de todos eles.

Bro Hymn e Bro Hymn Tribute



A música Bro Hymn, é um verdadeiro hino do Pennywise, qualquer moleque que curte hardcore e começa a tocar guitarra, com certeza, já deve ter feitos os 4 acordes desta música. Seus riffs e seu coro são inesquecíveis! A letra desta música fala sobre amizade e também é dedicada aos amigos que se foram, no caso: Canton, Colvin e Nichols
 
Reparei que no Cd "Full Circle", havia uma outra versão desta música, mas desta vez com o nome de "Bro Hymn Tribute". Esta versão, mantém basicamente esta letra, trocando apenas Canton, Colvin e Nichols por Jason Matthew Thirsk, que é o nome do baixista da formação original da banda que se suicidou em 1996.

Segue a letra traduzida:

Bro Hymn Tribute (Hino da Irmandade - Tributo)

Tradução: Digão
Revisão: FrankCastle

Para o nosso amigo
No presente, do passado e além disso
Embora você não estivesse conosco por muito tempo
Sua vida é a coisa mais preciosa que nós poderíamos perder
Enquanto você esteve aqui, a diversão nunca teve fim.
Rir por um minuto era só o começo
Jason Matthew Thirsk, essa é para você

Sempre tive o sentimento de que você não poderia partir
Apenas relembre de qual lado você está
Você teve amigos com você até o fim
Se você está sempre numa situação difícil
Nós estaremos aí sem hesitar
Irmandade é nossa regra, Nós não podemos desistir

Quando você estiver sentindo muito perto do fundo
Você sabe com quem contar
Alguém vai levantá-lo novamente
Nós podemos conquistar qualquer coisa juntos
Cada um de nós é unido para sempre
Se você morrer, eu morro, este é o caminho

Para o nosso amigo
No presente, do passado e além disso
Embora você não estivesse conosco por muito tempo
Sua vida é a coisa mais preciosa que nós poderíamos perder
Enquanto você esteve aqui, a diversão nunca teve fim.
Rir por um minuto era só o começo
Jason Matthew Thirsk, essa é para você

Confesso que depois do CD "From The Ashes", não acompanhei direito os últimos trabalhos do Pennywise, mas ainda curto muito a banda. Apesar da mudança na sonoridade, parece que eles continuam com a mesma energia e com os mesmos princípios de sempre. O fato da banda ter caído no gosto popular, não tira seu mérito.

Vamos agora ao clipe da semana: "Society", também do álbum "Full Circle" de 1997.
Eu poderia até tentar falar sobre esta música e clipe, mas seu nome e imagens já dizem tudo!



LINKS:

Artigo na Wikipédia sobre Pennywise:

My Space da banda:

Site sobre a banda: